Mal dos Séculos
Depressão e Saúde Mental através dos tempos
O Termo
Do francês mal do siècle, a expressão “Mal do Século” foi cunhada originalmente pelo escritor francês François-René de Chateaubriand e foi usada no campo literário do século 19. O termo foi criado para se referir à crise de valores, e do sentimento de desconforto deixado pelo racionalismo iluminista. Trata-se de um sentimento de pessimismo extremo, sensação de perda de suporte, apatia, tédio, tristeza e principalmente a melancolia.
Todas essas características podem ser encontradas em obras de artistas dessa época ultrarromântica, como Lord Byron, Goethe, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Van Gogh, Francisco de Goya e entre outros.
O termo voltou a ser usado no século 21, mas desta vez para definir uma doença que incapacita cada vez mais pessoas em todo o mundo, não importa a raça, o sexo, a faixa etária ou a condição social. A depressão representa um mal silencioso, já que falar sobre ela ainda é um tabu, dificultando seu diagnóstico e tratamento.
Através desse trabalho, eu tento explicar, dar voz e lançar luz sobre temas relacionados à área da saúde mental que são pouco ou quase nunca discutidos em nossa sociedade, como por exemplo a depressão, ansiedade, antidepressivos, suicídio, entre outros.
Onde buscar ajuda
Alguns locais em Recife onde é possível obter ajuda caso você esteja passando por algum sofrimento psíquico
Centro de Valorização da Vida – CVV
Site: www.cvv.org.br
Telefone: 188
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS
Gestos
Site: gestos.org.br
Telefone: (81) 3421-7670
Instituto Boa Vista
Site: institutoboavista.org.br
Nase UFPE
Telefone: (81) 2126-8439
Página: facebook.com/NASE-UFPE-450093625196739/
Clínica Escola de Psicologia – Uninassau
Telefone: (81) 2121.5922
Unicap
Telefone: (81) 2119-4115
Instituto Pernambucano de Práticas Educacionais e Psicológicas – IPPEP
Site: institutoppep.com.br/
Telefone: (81) 3040-0340
Sobre
Quebrar estigmas, tabus e preconceitos é, ou deveria ser, papel fundamental da mídia. Nossa mente é algo complexo que, além influenciar diretamente no funcionamento de todo o resto do nosso corpo, está diretamente relacionado ao nosso bem estar. A história da psicologia e, consequentemente, dos cuidados com a saúde mental, é algo que sempre me despertou meu interesse.
Dos manicômios aos Caps; da lobotomia aos antidepressivos; de Nise da Silveira ao CVV; de Álvares de Azevedo à Lana del Rey; da melancolia à depressão. O tratamento e a forma como a saúde mental é vista mudou e avançou através de diversas pessoas e movimentos, como, por exemplo, a Luta Antimanicomial, mas ainda há muito a ser discutido e conquistado.
Depressão e Ansiedade são transtornos que, embora a gente não veja fisicamente suas marcas, milhares de pessoas convivem e lidam com eles diariamente. O tratamento com medicamento é recheado de preconceito e estigmas, mas muita gente precisa tomar antidepressivos para o resto de suas vidas -ao mesmo passo que há a medicalização das emoções e dos sentimentos e a ditadura da felicidade.
Esse trabalho teve a orientação da querida professora de Jornalismo da UFPE Adriana Santana e foi avaliado por Paula Reis, também professora do Departamento, e pela psicóloga e professora Maristela Santos, que me ajudou durante todo o processo. Queria agradecer imensamente às pessoas que me concederam entrevista, além de Marina, que me ajudou com as imagens, à Ana Carla e Pedro Souza que me apoiaram e revisaram meus textos e a Hugo Branco que me ajudou a desenvolver esse site.
Além deles, queria agradecer também à minha mãe, pelo apoio constante, ao meu pai, à Ascom da UFPE e sua equipe incrível e a todos os amigos que me ajudaram de alguma forma: Ceça, Thayane, Henrique, Babi, Lucas, Bruno, Letícia, Luciano, Júnior, Carol, Lindainês, Beatriz, Ellen e Matheus.
Espero que esse trabalho seja útil de alguma forma para você que vai ler agora e, se você precisa de alguma ajuda ou quer ajudar alguém que passa por sofrimento psíquico, tem uma aba com alguns endereços, sites e telefones que podem ser úteis.
Expediente
Textos: Elton Ramon
Imagens: Marina Varela e Elton Ramon
Arte: Elton Ramon